sexta-feira, 7 de março de 2014

Gestualistas x Oralistas



Gestualistas x Oralistas



   As pessoas com surdez desde muitos anos atrás sofriam com a discriminação, eram pessoas que ficavam a margem da sociedade devido a falta de comunicação e o pensamento errôneo de muitas pessoas. Atualmente muita coisa já mudou, mas ainda há muito que fazer.
   A metodologia aplicada nas escolas precisa ser repensada em vários aspectos, principalmente na inserção de pessoas com surdez no ambiente escolar. São pessoas que tem potencial para desenvolverem atividades iguais aos outros. Como afirma Damázio:
Uma nova política de Educação Especial na perspectiva inclusiva, principalmente para pessoas com surdez, tem se tornado promissora no ambiente escolar e nas práticas sociais/institucionais. Porém, por mais que as políticas estejam já definidas, muitas questões e desafios ainda estão para ser discutidos, muitas propostas, principalmente no espaço escolar, precisam ser revistas e algumas tomadas de posição e bases epistemológicas precisam ficar mais claras, para que, realmente, as práticas de ensino e aprendizagem na escola comum pública e também privada apresentem caminhos consistentes e produtivos para a educação de pessoas com surdez ( DAMÁZIO, 2010 P.47).
   A preparação dos professores é algo necessário para o desenvolvimento da educação, a aprendizagem das pessoas com surdez pode ser dificultada pela falta de conhecimentos pedagógicos adequados dos professores. Pois, pensar e construir uma prática pedagógica que se volte para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com surdez, na escola, é fazer com que essa escola venha romper vários entraves no campo educacional.
   Um problema que afeta a aprendizagem das pessoas com surdez é a limitação da comunicação entre eles e os ouvintes, a saída seria a adoção do bilinguismo nas escolas brasileiras, Damázio (2010, p.49) diz que “a pessoa com surdez não é estrangeira em seu próprio país, mas usuária de um sistema linguístico com características e status próprios, no qual cognitivamente se organiza e estrutura o pensamento e a linguagem nos processos de mediação simbólica”. Isso implica que é de extrema importância entendermos a língua de sinais para que pessoas com surdez estabeleça um contato significativo com os ouvintes na comunicação.
   As pessoas com surdez precisam de ambientes educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento e exercitem a capacidade perceptivo-cognitiva. Esses ambientes devem conter uma riqueza de imagens que facilite a comunicação.
   Como afirma Damázio (2010, p.48) o problema da educação das pessoas com surdez não pode continuar sendo centrado nessa ou naquela língua, mas deve levar-nos a compreender que o foco do fracasso escolar não está só nessa questão, mas também na qualidade e na eficiência das práticas pedagógicas.
   A diversidade entre os gestualistas e os oralistas, tem ocupado lugar de destaque nas discussões e ações desenvolvidas em prol da educação das pessoas com surdez, responsabilizando o sucesso ou o fracasso escolar com base na adoção de uma ou de outra concepção com suas práticas pedagógicas específicas. No entanto sabemos que esse embate não deveria existir pelo fato de que ambos necessitam um do outro.

Referências
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Escolar na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez – Atendimento Educacional Especializado em Construção, p.46-57.
 

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