Escrita significativa e muito bem
ilustrada
COMUNICAÇÃO Vinicius superou o
isolamento e melhorou a interação em atividades com imagens e sons. Foto: Léo
Drumond.
A falta de compreensão da função da escrita
como representação da linguagem é outra característica comum em quem tem
deficiência intelectual. Essa imaturidade do sistema neurológico pede
estratégias que servem para a criança desenvolver a capacidade de relacionar o
falado com o escrito. Para ajudar, o professor deve enaltecer o uso social da
língua e usar ilustrações e fichas de leitura. O objetivo delas é acostumar o
estudante a relacionar imagens com textos. A elaboração de relatórios sobre o
que está sendo feito também ajuda nas etapas avançadas da alfabetização. A primeira medida foi pedir que trouxessem fotos,
certidão de nascimento, registro de identidade e tudo que poderia dizer quem
eram. "O material vai compor um livro sobre a vida de cada um.
Nessa atividade
o aluno desenvolverá o raciocínio e assimilação da imagem com o texto escrito
relacionando com sua própria realidade.
O professor de
AEE tem a função de levar esse jogo para o professor da sala comum,
proporcionando o respeito mutuo e o raciocínio lógico. Já no atendimento na
sala de AEE essa atividade deverá ser feita sempre em grupo.
A importância do foco nas explicações
em sala de aula
SIGNIFICADO Na sala
de recursos, elaboração de livro sobre a vida dos alunos deu sentido à escrita.
Foto: Marcelo Almeida
Alunos com deficiência
intelectual precisam de espaço organizado, rotina, atividades lógicas e regras.
Como a sala de aula tem muitos elementos - colegas, professor, quadro-negro,
livros e materiais -, focar o raciocínio fica ainda mais difícil. Por isso, é
ideal que as aulas tenham um início prático e instrumentalizado. "Não
adianta insistir em falar a mesma coisa várias vezes. Não se trata de reforço.
Ele precisa desenvolver a habilidade de prestar atenção com estratégias
diferenciadas para, depois, entender o conteúdo", diz Maria Tereza Eglér
Mantoan, doutora e docente em Psicologia Educacional da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp).
O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas - em Geografia, por exemplo, ele pode exercitar a mente traçando no ar com o dedo o contorno de uma planície, planalto, morro e montanha. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse caso, o estudo das formas geométricas poderia vir acompanhado de uma atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo e o círculo.
A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. "A própria sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar", comenta Maria Tereza, da Unicamp.
O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas - em Geografia, por exemplo, ele pode exercitar a mente traçando no ar com o dedo o contorno de uma planície, planalto, morro e montanha. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse caso, o estudo das formas geométricas poderia vir acompanhado de uma atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo e o círculo.
A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. "A própria sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar", comenta Maria Tereza, da Unicamp.
BIBLIOGRAFIA
Leitura e Escrita no Contexto da Diversidade, Ana Cláudia Lodi, 112 págs., Ed. Mediação.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ser ou estar eis a questão:
explicando o déficit intelectual. Rio de Janeiro: WVA editora,1997.
Adorei sua sugestão e concordo que para os alunos com DI ,é importante selecionar bem as atividades,pois informações demais às vezes atrapalha.
ResponderExcluirFrancisca, Ótimas sugestões para alunos com DI, conhecer bem quais as atividades a serem desenvolvidas, para alcançar os resultados esperados. Valeu...
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