domingo, 19 de junho de 2016


A inclusão na escola de hoje 

A escola inclusiva é um modelo de escola que todas as pessoas esperam encontrar quando se tem necessidade de matricular um aluno especial, afrodescendente ou simplesmente diferente dos padrões estereotipados que a sociedade tem desde os tempos de colonização do nosso país. Mas o que fazer quando se tem uma escola que ainda não se compromete com a inclusão e que apenas diz que não tem como dá condições de permanência aos alunos que necessitam de uma atenção especial?
Essa pergunta e outras são muito comuns no nosso dia a dia, pois hoje ainda temos a sensação de que não iremos conseguir desenvolver a cognição dos alunos especiais e nem proporcionar um ambiente harmonioso. Talvez seja pelo despreparo dos decentes ou talvez pelo fato do medo do desafio de acolher esses alunos dentro de sua sala de aula.
Mas lembre-se incluir é uma tarefa de todos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Para Refletir

Para Refletir


   As regras no nosso dia a dia são bem claras e muitas regras teóricas são postas em prática porque sabemos que o certo é segui-las.  Mas alguns modelos impostos pela sociedade são quase impossíveis de serem praticados na vida real, assim podemos comparar o nosso trabalho com a Educação Especial, não existe um modelo único e acabado para lidarmos com as crianças que atendemos todos os dias na sala do AEE, o que existe são diretrizes que nos orientam em busca de estratégias que possibilite alcançarmos os objetivos propostos para solucionar o problema.
   Os modelos imaginários podem ser perfeitos e programados para serem harmônicos e condizentes com a realidade, só que nem sempre há essa harmonia. Mas quando vivemos em um ambiente onde não sabemos lidar com os problemas nem sabemos a origem dos mesmos o nosso olhar é simples e sem importância, mas quando passamos a nos interessar pelo assunto e conviver com ele temos um olhar clinico e analítico, ou seja, olhamos diferente e modificamos completamente o pensamento que tínhamos anteriormente.

   As transformações são inevitáveis e essenciais em nossas vidas para que possamos enxergar a realidade e as mudanças necessárias para o nosso dia a dia.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Recursos e estratégias em baixa tecnologia para aluno com TGD/TEA

Recursos e estratégias em baixa tecnologia para aluno com TGD 

Os recursos selecionados a seguir são para crianças de 5 a 12 anos com TGD/TEA, esses recursos são utilizados em sala de aula comum, na própria casa do aluno e sala de AEE.
   Para discutirmos o assunto acima citado começaremos com o conceito de Tecnologia Assistiva: é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão.
   Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.
·   Recursos
Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais,
materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.
A seguir alguns recursos que podem ser usados para alunos com TGD

RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA:


Pranchas de comunicação - As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário.
Essas pranchas podem estar soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar, apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua condição motora.



Eye-gaze - pranchas de apontar com os olhos que podem ser dispostas sobre a mesa ou apoiada em um suporte de acrílico ou plástico colocado na vertical. O indivíduo também pode apontar com o auxílio de uma lanterna com foco convergente, fixada ao lado de sua cabeça, iluminando a resposta desejada.


Avental - é um avental confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro de comunicação prende as letras ou as palavras e a criança responde através do olhar.


Comunicador em forma de relógio - o comunicador é um recurso que possibilita o indivíduo dar sua resposta com autonomia, mesmo quando ele apresenta uma dificuldade motora severa. Seu princípio é semelhante ao do relógio, só que é a pessoa que comanda o movimento do ponteiro apertando um acionador.
As intervenções que o professor de AEE pode realizar dentre as atividades selecionadas será de acordo com a necessidade do aluno, a comunicação é um dos problemas ao avaliar o desempenho de crianças com TGD/TA, podemos considerar os aspectos da compreensão da língua oral, expressão oral através das pranchas de comunicação e do avental.
   Há basicamente seis (6) áreas em que trabalhamos a fim de se estimular e avaliar cada competência.  São elas: Socialização, Linguagem (Emissão e Compreensão), Cognição, Cuidados Próprios, Motricidade. A seguir farei uma exposição dos Materiais Pedagógicos utilizados para desenvolvimento das habilidades dos alunos com TGD.
 Atividade 1: Como Estou hoje?
O aluno pode demonstrar através de cartões como está se sentindo: Irritado, Alegre, Triste, Surpreso.


Atividade 2: Pareamento de letras à vista de uma figura conhecida


3. Atividade: Conceito Matemático: Grande X Pequeno



A aprendizagem de Autistas se dá através de uma abordagem vivencial.   Todos os momentos e ambientes são utilizados como objetos de estudo. Na sala de aula, no parque, em casa, sempre haverá o que ser usado como objetos de aprendizagem. Na Escola, primeiro exploramos a própria sala de aula depois os demais ambientes. Devemos dar importância ao que mais agrada a criança para se iniciar um trabalho de adaptação/familiarização professor X aluno.

Referências
http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html Acessado em 15 de maio de 2014 as 16:00h.
http://claudiaduartecee.blogspot.com.br/. Acessado em 16 de maio de 2014 as 20:00h.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Diferença entre DMU e Surdocegueira


Por que a Surdocegueira não é uma Deficiência Múltipla

   A pessoa que nasce com surdocegueira ou que fica surdocega não recebe as informações sobre o que está sua volta de maneira fidedigna, ela precisa da mediação de comunicação para poder receber, interpretar e conhecer o que lhe cerca.
   Seu conhecimento do mundo se faz pelo uso dos canais sensoriais proximais como: tato, olfato, paladar, cinestésico, proprioceptivo e vestibular.
Na deficiência Múltipla não garantimos que todas as informações muitas vezes chegam para a pessoa de forma fidedigna, mas ela sempre terá o apoio de um dos canais distantes (visão e ou audição) como ponto de referência, esses dois canais são responsáveis pela maioria do conhecimento que vamos adquirindo ao longo da vida.

Aspectos Importantes sobre Comunicação com pessoas com Surdocegueira e com Deficiência Múltipla

   Para as pessoas com surdocegueira e ou com deficiência múltipla dividimos a comunicação em Receptiva e Expressiva, para favorecer a eficiência da transmissão e interpretação.
   A comunicação receptiva ocorre quando alguém recebe e processa a informação dada por meio de uma fonte e forma (escrita, fala, Libras e etc). A informação pode ser recebida por meio de uma pessoa, radio ou TV, objetos, figuras, ou por uma variedade de outras fontes e formas. No entanto, comunicação receptiva requer que a pessoa que está recebendo a informação forme uma interpretação que seja equivalente com a mensagem de quem enviou tentou passar.

   A comunicação expressiva requer que um comunicador (pessoa que comunica) passe a informação para outra pessoa. Comunicação expressiva pode ser realizada por meio do uso de objetos, gestos, movimentos corporais, fala, escrita, figuras, e muitas outras variações.


Aspectos Importantes para saber sobre Surdocegueira e DMU


Sobre Conceito, Definição e Terminologia
A surdocegueira é uma terminologia adotada mundialmente para se referir a pessoas que tem perdas visuais e auditivas concomitantes em graus diferentes, podendo ser:

a)   Surdocego total: ausência total de visão e audição.
b)   Surdocego com surdez profunda associada com resíduo visual: ausência de percepção da fala mesmo com aparelho de amplificação sonora individual, com resíduo visual que permite orientar-se pela luz, facilitando a mobilidade e com apoio de alto contraste é possível ter percepção de objetos, pessoas e escrita ou símbolos
c)   Surdocego com surdez moderada associada com resíduo visual: dificuldade para compreender a fala em voz normal e sua percepção visual à luz permite mobilidade e com apoio de alto contraste é possível ter percepção de objetos, pessoas e escrita ou símbolos
d)   Surdocego com surdez moderada ou leve com cegueira: dificuldade auditiva para compreender a fala em voz normal ou baixa é necessário falar mais próximo ao ouvido e tom mais alto (fala ampliada), total ausência de visão, sem percepção de luminosidade ou vulto..
e)   Surdocego com perdas leves, tanto auditivas quanto visuais: dificuldade para compreender a fala em voz baixa e seu resíduo visual possibilita que defina e perceba volumes, cores e leitura em tinta ampliada.

Quanto ao período em que surgiu a Surdocegueira temos a definição:

a)   Surdocegueira congênita: quando a criança nasce surdocega ou adquire a surdocegueira nos primeiros anos de vida antes da aquisição de uma língua (português ou Libras – Língua Brasileira de Sinais). Um exemplo mais frequente destes casos é a criança com sequelas da síndrome da rubéola congênita.
b)   Surdocegueira adquirida: quando a pessoa ficou surdocega após a aquisição de uma língua, seja oral ou sinalizada. Os exemplos mais frequentes deste grupo são pessoas com Síndrome de Usher.

Segundo Grupo Brasil (2002), este grupo de pessoas podem ser:

·         Pessoas nascidas com audição e visão normal e que adquiriram perdas totais ou parciais de visão e audição
·         Pessoas com perda auditiva ou surdas congênitas com deficiência visual adquirida
·         Pessoas com perda visual ou cegas congênitas com deficiência auditiva adquirida

Por que os termos Surdocegueira, surdocegos são escritos sem hífen?
A partir do ano de 1991, profissionais, familiares e pessoas com surdocegueira se uniram para uma “Ação Afirmativa” do reconhecimento da surdocegueira como uma deficiência única, em virtude de não se beneficiarem dos programas educacionais para pessoas somente com surdez e ou de pessoas com deficiência visual.
Essa ação afirmativa ganhou vulto mundial e hoje ela é reconhecida pela ONU conforme Convenção ratificada pelo Brasil, pelos parlamentos: Andino e Europeu bem como nos governos dos: Estados Unidos, Austrália e Canadá.
No Brasil desde 2000 ela está sendo reconhecida pelo Ministério da Educação e Ministério da Justiça e Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, hoje as Secretarias das Pessoas com Deficiência e os Conselhos Estaduais e Municipais também já reconhecem.

Deficiência Múltipla
No Brasil a deficiência múltipla é considerada como uma associação de duas deficiências ou mais. Na América Latina, América do Norte, Europa, Asia e Oceania a Deficiência Múltipla só é considerada se há nas associações das Deficiências a Deficiência Intelectual.

Como pode ocorrer a Deficiência Múltipla no Brasil

Física e Psíquica
·      Deficiência física associada a Deficiência Intelectual
·      Deficiência Física associada a Transtornos Globais do Desenvolvimento.

Sensorial e Psíquica
·     Deficiência Auditiva/Surdez associada à Deficiência Intelectual
·     Deficiência Visual associada à Deficiência Intelectual
·     Deficiência Auditiva/Surdez associada a Transtornos Globais do Desenvolvimento
·     Deficiência Visual associada a Transtornos Globais do desenvolvimento.

Sensorial e Física
·         Deficiência Auditiva/Surdez associada à Deficiência Física
·         Deficiência Auditiva/Surdez associada à Paralisia Cerebral
·         Deficiência Visual (cegueira ou baixa visão) associada à Deficiência Física
·         Deficiência Visual ( cegueira ou baixa visão) associada à Paralisia Cerebral


Física, Psíquica e Sensorial
·    Deficiência física associada à deficiência visual (cegueira ou baixa visão) e a    Deficiência Intelectual.
·    Deficiência física associada à Deficiência Auditiva/Surdez e a Deficiência Intelectual
·    Deficiência visual (Cegueira e ou baixa visão), paralisia cerebral e Deficiência Intelectual.

A interação Social e a Comunicação- aspectos fundamentais para o
desenvolvimento da linguagem

Os termos “interação social” e “comunicação” estão intimamente relacionados. Tomemos por definição de interação social o processo pelo qual dois indivíduos influenciam mutuamente os atos um do outro. A comunicação implica em interação, e mais, a comunicação é definida como uma forma de interação em que o significado é transmitido por meio do uso ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AEE E SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA.
Sua comunicação inicial é pelo movimento corporal e vocalizações. Precisam aprender por rotinas organizadas. A caixa de antecipação será sua primeira estratégia de comunicação.

Os métodos de ensino têm mudado com o tempo, isto porque novos problemas foram levantados.
Foram observados 3 (três) aspectos mais importantes:
1- Desenvolvimento motor.
2-Observação do comportamento e personalidade da criança.
3-Diagnóstico precoce.
Observamos também que são visíveis as limitações da atividade motora em crianças surdocegas.
   As funções motoras são mal desenvolvidas e se gastam muitas energias nos movimentos estereotipados do corpo. Se a criança não foi estimulada, ela vai ficar se balançando ou olhando fixo para uma determinada luz durante horas; e sabemos que a atividade sensorial-motora dá a base para o desenvolvimento de imagem e conceitos. Enquanto a criança está ocupada com a estimulação de seu próprio corpo, terá pouca experiência espacial, não vai experenciar os objetos na sua qualidade real, apenas como uma extensão de seu próprio corpo. Se a criança ficar muito tempo parada, pouco se desenvolverá porque somente se movimentando pelo e através do espaço, os conceitos de Tempo e Distância se estabelecerão.
   A proposta da educação é “desenvolver” as imagens da criança, formar mentalmente, simbolizar conceitos e comunicação. Isto, no entanto, só é possível quando a criança tem uma base sólida de experiência motora.
Mostraremos e discutiremos como a atividade motora pode ser usada como um meio favorável para a comunicação.

A – Antecipação
Quando se faz uma série de movimentos com a criança e o modelo é repetido eventualmente, a criança vai levantar seus pés quando tiver que subir uma escada. Estas antecipações são muito importantes porque são movimentos que a criança faz quando envolvida ao ambiente externo. Este é também um movimento oportuno para desenvolver um sinal de acordo com a atividade, por exemplo: batendo de leve no joelho da criança, indicando que é para subir.
B – Imitação
Um comportamento imitativo pode ser desenvolvido através de uma criatividade motora. A psicologia da aprendizagem e pesquisas mostram a importância da imitação para o desenvolvimento da linguagem. É um trabalho estimulante se feito co-ativamente (professora-criança, mãe-criança, etc.).

C – Memória
O maior problema na educação de crianças surdocegas é a sua curta duração da memória. Esta pode ser ajudada por atividades na qual a ordem dos movimentos é crucial. Não se pode exigir que a criança lembre a seqüência dos padrões motores que estão sendo treinados.

D – Ritmo
Muita pesquisa se tem feito no ritmo para memorizar ordens. É aliado com a audição e condição de percepção de ordens (seqüência).
   Ritmo não é somente um desenvolvimento importante para linguagem. É também uma parte de nosso plano de comportamento, como será tratado na parte três desta introdução. Um conhecimento pobre do corpo é geralmente a base de problemas severos de comunicação. Inicialmente ensaiamos as nossas crianças a fazer sinais arbitrários, tais como a batida no braço ou, na mão. Isto se dá repetidamente e a criança começa a confundir estes sinais depois de terem aprendido uma vez. Isto não era o caso, no entanto quando os sinais eram similares ao objeto que representava. Por exemplo: quando a criança pede que a coloque para balançar e o sinal arbitrário de “B” do alfabeto manual for feito, a criança não se lembrará disto. Ao contrário, quando a criança imitou o movimento de balançar com suas mãos ou com seu corpo, mostrou que ela se lembrou do sinal mais claramente. Nós temos aqui uma indicação o gesto natural é parte do símbolo consciente (percepção).
   Na criança, cujo estágio de gesto natural foi deixado de lado é obvio que sua aquisição de linguagem faltou na parte essencial. Deve ser dito que para algumas crianças levou mais tempo que dois ou três anos antes delas alcançarem seu estágio de gesto natural, mas depois que este estágio de gosto natural foi alcançado, a linguagem se desenvolve rapidamente. Então, temos o problema de qual método de comunicação usar, porque depois de 30 ou 40 gestos naturais. Faz-se necessário ampliar a comunicação num sistema mais refinado. È lógico mudar de gesto natural para um sistema não formal de língua de sinais para surdos. Com poucas crianças esta direção foi escolhida, mas tão logo os sinais começaram a ficar muito complicados, a criança experenciou grande dificuldade porque muitos sinais formais requerem um desenvolvimento da imagem corporal e uma boa memória para uma série de movimentos. Como foram declaradas antes, estas são as duas áreas mais pobremente desenvolvidas na criança surdocega.
   Surpreendentemente, o alfabeto manual pode ser usado com as crianças que tem problemas motores. Aliás, este sistema requer pouca coordenação motora.
   O alfabeto manual pode ser desenvolvido de dois modos: Se a criança tiver resíduo visual, ensine antes as palavras escritas e depois os movimentos da mão, mas é preferível soletrar a palavra completa como um “gestalt motor” na mão da criança surdocega.
   Inicialmente a criança imita os padrões de modo geral; mais tarde o padrão se tornará mais refinado e exato. Deste modo, a criança aprende a reconhecer os padrões (módulo) da palavra inteira, como também as letras.
   Se a criança é capaz de perceber letras soltas, estas percepções da palavra são lentas e desarticuladas, isto é, uma influência negativa, pois leva a usar pouco a memória. O alfabeto manual parece um sistema de comunicação abstrato, mas há um certo numero de crianças com déficit intelectual que tem habilidade de desenvolver comunicação por este sistema.
   Quando estudamos a historia da educação do surdocego, vemos que tradicionalmente a criança foi educada de acordo com o princípio de aprendizagem associativa, que é comparar a palavra falada, escrita ou soletrada com o objeto. Desde o começo do nosso trabalho com crianças surdocegas, temos tentado educar a criança com atividade comunicativa. Isto quer dizer, ensina-se a criança a perguntar por coisas e se interessar por coisas ao seu redor. Em outras palavras, ela é encorajada a emitir os sinais para o mundo e será reforçado quando o ambiente responde. Quando a palavra ou frase representa sentimento ou intenções, ela lembrará dela e a usará corretamente em situações adequadas.
  No entanto, o problema é que pouquíssimas crianças respondem espontaneamente ao ambiente. Mesmo surdos com outros problemas, como visão reduzida ou outro problema não demonstrado, sentem, também, muita dificuldade para responder ao ambiente como sentem os surdocegos. Este é o problema do contato com o ambiente que é um obstáculo na educação das crianças surdocegas.
                                                                                                                                        

Referências

Acessado em 07 de Abril de 2014 às 10:20, https://sites.google.com/site/direitoadiferencaamais/dmu-deficiencias-multiplas-e-surdocegueira.
Shirley Rodrigues Maia. Surdocegueira e DMU:aspectos importantes para saber sobre surdocegueira e DMU. 2013.

Acessado em 31/03/2014 às 11:20, http://especiaismomentos.blogspot.com.br/2013/07/surdocegueira-e-dmu.html.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Gestualistas x Oralistas



Gestualistas x Oralistas



   As pessoas com surdez desde muitos anos atrás sofriam com a discriminação, eram pessoas que ficavam a margem da sociedade devido a falta de comunicação e o pensamento errôneo de muitas pessoas. Atualmente muita coisa já mudou, mas ainda há muito que fazer.
   A metodologia aplicada nas escolas precisa ser repensada em vários aspectos, principalmente na inserção de pessoas com surdez no ambiente escolar. São pessoas que tem potencial para desenvolverem atividades iguais aos outros. Como afirma Damázio:
Uma nova política de Educação Especial na perspectiva inclusiva, principalmente para pessoas com surdez, tem se tornado promissora no ambiente escolar e nas práticas sociais/institucionais. Porém, por mais que as políticas estejam já definidas, muitas questões e desafios ainda estão para ser discutidos, muitas propostas, principalmente no espaço escolar, precisam ser revistas e algumas tomadas de posição e bases epistemológicas precisam ficar mais claras, para que, realmente, as práticas de ensino e aprendizagem na escola comum pública e também privada apresentem caminhos consistentes e produtivos para a educação de pessoas com surdez ( DAMÁZIO, 2010 P.47).
   A preparação dos professores é algo necessário para o desenvolvimento da educação, a aprendizagem das pessoas com surdez pode ser dificultada pela falta de conhecimentos pedagógicos adequados dos professores. Pois, pensar e construir uma prática pedagógica que se volte para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com surdez, na escola, é fazer com que essa escola venha romper vários entraves no campo educacional.
   Um problema que afeta a aprendizagem das pessoas com surdez é a limitação da comunicação entre eles e os ouvintes, a saída seria a adoção do bilinguismo nas escolas brasileiras, Damázio (2010, p.49) diz que “a pessoa com surdez não é estrangeira em seu próprio país, mas usuária de um sistema linguístico com características e status próprios, no qual cognitivamente se organiza e estrutura o pensamento e a linguagem nos processos de mediação simbólica”. Isso implica que é de extrema importância entendermos a língua de sinais para que pessoas com surdez estabeleça um contato significativo com os ouvintes na comunicação.
   As pessoas com surdez precisam de ambientes educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento e exercitem a capacidade perceptivo-cognitiva. Esses ambientes devem conter uma riqueza de imagens que facilite a comunicação.
   Como afirma Damázio (2010, p.48) o problema da educação das pessoas com surdez não pode continuar sendo centrado nessa ou naquela língua, mas deve levar-nos a compreender que o foco do fracasso escolar não está só nessa questão, mas também na qualidade e na eficiência das práticas pedagógicas.
   A diversidade entre os gestualistas e os oralistas, tem ocupado lugar de destaque nas discussões e ações desenvolvidas em prol da educação das pessoas com surdez, responsabilizando o sucesso ou o fracasso escolar com base na adoção de uma ou de outra concepção com suas práticas pedagógicas específicas. No entanto sabemos que esse embate não deveria existir pelo fato de que ambos necessitam um do outro.

Referências
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Escolar na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez – Atendimento Educacional Especializado em Construção, p.46-57.